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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pink Floyd - The Dark Side of The Moon (1973)


Solos de guitarra de acid blues. Letras que falam de desgraças e guerras. Um título espacial. Lançado em 1973 por um grupo de anônimos, mas de grande influência.

Esta é a descrição de Cosmic Slop, do Funkadelic. Não tem nada a ver com The Dark Side of The Moon, exceto pelo fato de que ambos são a trilha sonora de uma era de cinismo, quando o caso Watergate e a Guerra do Vietnã mataram o que havia sobrado do espírito dos anos 60 depois do Altamont.

Esta obra de época teve, porém, um início banal. Ansiosa para se desprender dos grilhões psicodélicos, a banda se reuniu na cozinha do baterista Nick Mason para fazer uma lista das coisas que a incomodavam. Essas preocupações - tempo, dinheiro, loucura, morte - foram combinadas com musicas no estilo meio funk rock de Obscured By Clouds e apresentadas numa turnê, durante um ano, com o nome de Eclipse (A Place For Assorted Lunatics). Salpicada pelo pozinho mágico dos estúdios - vocais gospel, solos explosivos, efeitos sonoros -, Eclipse virou The Dark Side of The Moon. Na esteira da fama angariada pela banda nas apresentações ao vivo, o album vendeu um milhão de copias nos EUA e foi para a estratosfera quando a Capitol, associada à Harvest, transformou "Money" num raro hit do Floyd em single.

Hoje o album pode ser encontrado em edições comemorativas e já foi regravado por um grupo de reggae de paródias (Dub Side of The Moon, de 2003) e pelo Phish. Quando a capa é aberta, surge um prisma que reflete um raio de luz, de forma infinita. Uma das imagens míticas do rock, o prisma evoca tanto o lendário show do Floyd quanto a ambição "exagerada" das letras.

Com essa carga simbolica, podia se esperar que o album fosse uma chatice. Mas, na verdade, é uma coleção de canções brilhantes, melodiosas e vibrantes. Para os iniciantes em Pink Floyd, esse é o primeiro passo.

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