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Território da Música: Artigos (Rock)

sábado, 5 de abril de 2008

Joy Division - Unknown Pleasures (1979)


Logo depois de surgir no conhecido EP Factory Sample, de 1978, financiado por uma
celebridade local de TV, Tony Wilson, o Joy Division optou por lançar seu primeiro álbum, um
marco, pelo pequeno e independente selo Factory, apesar do interesse de grandes gravadoras. O disco foi gravado em uma semana no Strawberry Studios, de Stockport. O visionário
Hannet pegou a guitarra metal de Bernard Dicken (também conhecido por Summer), as melodias peculiares do baixo de Peter Hook e a inovadora combinação de bateria acústica e eletrônica feita por Stephen Morris e criou uma ambientação silenciosa e desconcertante, utilizando de forma pioneira efeitos digitais, gritos abafados e sons de vidro partido. O letrista Ian Curtis retrata suas experiencias de epilético no mutante ritmo disco de "She's Lost Control"; "Shadowplay" evoca imagens da decadencia urbana e da paranóia de Manchester, no majestoso hino à morte "New Dawn Fades" e na assustadora "I Remember Nothing", enquanto a enérgica "Interzone" e "Disorder" mostram porque a banda tinha fama de ser feroz em suas apresentações ao vivo. Naqule período pós-punk, em que imperavam o busy design e as cores básicas, a capa, que mostrava ondas de rádio emitidas por uma estrela em extinção, contra um fundo totalmente preto, foi tão marcante quanto a música do álbum e antecipou uma revolução no design minimalista. Unknown Pleasures foi um sucesso de público e crítica - embora um jornalista tenha feito um elogio torto, ao escrever que o álbum era perfeito para se ouvir antes de cometer suicídio. Depois de 27 anos, Unknown Pleasures continua a ser fascinante.

Black Sabbath - Paranoid (1970)


O Black Sabbath ja tinha causado algum espanto na Inglaterra com seu album de
estreia: uma retomada sísmica do blues que, junto com os dois primeiros clássicos do Led
Zeppelin, ajudou a criar um novo estilo de rock'n'roll - o heavy metal.
Em termos de qualidade do material, o segundo LP do quarteto de Birmingham é um salto gigantesco. A faixa de protesto "War Pigs" é uma das melhores aberturas de albuns de todos os tempos, capitando os animos acirrados da juventude ocidental em relação à campanha sangrenta dos EUA no Vietnã. Todas as caracteristicas do Sabbath aparecem nessa musica: os gritos abominaveis de Ozzy Osbourne; a dinamica de mudança de tempo do baterista Bill Ward e do baixista/letrista Geezer Butler; e, a mais conhecida, a presença disforme do mito da guitarra e senhor dos riffs, Tony Iommi.
A mítica faixa-título vem logo depois, uma explosão proto-punk de loucura que
permanece como o hino clássico do Black Sabbath - Ozzy e Iommi chegaram a cantar essa
música durante as comemorações, Londres, do jubileu de Ouro da Rainha Elizabeth II, em 2002. A balada fantasmagórica "Planet Caravan" apresenta um lado suave, muitas vezes
superestimado, enquanto a pesada ficção científica de "Iron Man" parece antecipar o movimento
grunge. As últimas quatro faixas são menos conhecidas, embora imponentes. O pesadelo de
heroína em "Hand of Doom" é especialmente apropriado e contribuiu para consolidar a posição do Sabbath como uma das forças mais sinistras da música dos anos 70.
Paranoid tornou a banda conhecida nos EUA e chegou ao 12º lugar nas paradas. As músicas do álbum foram regravadas por grupos tão diferentes como o Pantera e os Cardigans. Sua influencia para tornar mais heavy o espectro do rock, do Nirvana ao Queens of the Stone Age, é incalculável.
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