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Território da Música: Artigos (Rock)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

The Yardbirds - The Yardbirds (1966)


Os Yardbirds lançaram finalmente seu primeiro album, gravado em estudio em agosto de 1966, na época em que a banda contava com a guitarra incendiaria de Jeff Back (que substituiu Eric Clapton). O disco atrasou por conta de uma longa turnê pela Europa e Inglaterra (onde os Yardbirds se tornaram fonte de inspiração para inumeras bandas psicodélicas e de garagem que estavam começando) e acabou sendo composto e gravado em apenas uma semana nos Advision Studios, em Londres. The Yardbirds (também conhecido como Roger The Engineer) mistura um blues carregado, protótipos psicodélicos, feedback e canto gregoriano com efeitos especiais. Antecipando o blues-rock pesado do Cream e do Led Zeppelin, as calcinantes "Lost Woman", "The Nazz Are Blue" e "Rack My Mind" refletem a maneira como a banda acrescentava fúria ao toque e aos riffs de guitarra do blues tradicional ("Someone To Love Me", de Snooky Pryor, "Dust My Broom", de Elmore James, e "Baby Scratch My Back", de Slim Harpo), dando oportunidade para Beck mostrar seu talento impressionante (ele faz um maravilhoso solo, sustentando uma unica nota, em "The Nazz are blue"). Um single virou um hit: "Over, under Sidways, Down" baseia-se na linha de baixo de "Rock Around The Clock", mas soa futurista graças à guitarra sinuosa de Beck, à estrutura "para-recomeça" da música e aos estimulantes gritos de Hey!!. Os relançamentos do album incluem "Happenings Ten Years Ago", uma festa de arromba com um time dos sonhos, formado por Beck, Jimmy Page, e "Psycho Daisies".

Cream - Disraeli Gears (1967)



O trio de jazz-blues-rock Cream atualizou o ávido experimentalismo de seu álbum de estréia, Fresh Cream (1966), acrescentando os efeitos psicodélicos que prevaleciam nos estúdios em 1967 - novos refinamentos como o pedal wah-wah e as distorções de guitarras -, e chegou a seu auge artístico com Disraeli Gears. Rotulado como a primeira superbanda, graças aos deslumbrantes talentos do guitarrista Eric Clapton, do baixista e vocalista Jack Bruce e do baterista Peter "Ginger" Blake, o Cream, com este disco, abriu as portas para novos gêneros musicais, como o jazzfusion e - dizem - o rock progressivo. A simbólica colagem fluorescente da capa do disco era o acompanhamento perfeito para a enxurrada de música de vanguarda ali contida, a começar pela dispersa e memorável "Strange Brew", na qual os gemidos fantasmagóricos de Bruce se sobrepõem com etérea economia ao estilo convulsivo, quase funk, de Clapton na guitarra. E fica cada vez melhor: "Sunshine of Your Love" (que, ao lado de "White Room", é a canção mais conhecida do Cream) serviu de inspiração para uma torrente de guitarra ao vivo despejada pelo único sério rival contemporâneo de Clapton, Jimi Hendrix. "Tales of Brave Ulysses" é um poema feroz embebido na guitarra lacerante e bluseira de Clapton, enquanto a tradicional "Mother´s Lament" é uma referência direta às influencias dos musicos do grupo. Foi basicamente pelas apresentações ao vivo que o Cream ganhou sua reputação - e com razão: no palco, o grupo parecia possuído por Robert Johnson e Charlie Parker. Disraeli Gears continua sendo seu melhor disco, apesar da força de seus outros albuns. Permanece como um retrato vital de uma época única.

The Who - Tommy (1969)


Constantemente rotulado como uma ópera rock e quase sempre descrito como uma mostra do conceitualismo narcisista de colegiais, o expansivo e ingênuo Tommy conta com todos os atributos de um clássico, mas também com todos os defeitos de um Frankestein. Na aparência, trata-se da historia de um garoto surdo, retardado e cego, nascido numa família desequilibrada (ele é aterrorizado pelo primo e pelo tio), que se revela no fliperama e na música e se torna um ícone messiânico no melhor estilo do final dos anos 60. Mas o album é mais precisamente uma viagem pela infancia real e imaginária de Pete Towshend. Musicalmente o disco é um cruzamento entre hinos do tipo mod e o rock agil no estilo unico do The Who, e contém os melhores momentos da carreira do grupo, como "Pinball Wizard", "I´m Free", "We´re not gonna take it". Composições conceituais ambiciosas como "1921", "Underture" e "Smash the Mirror" são mais sólidas do que essenciais - esses 15 minutos poderiam ser cortados do album e ninguem se queixaria -, mas a maior parte do publico aceitou a idéia de que este era o preço a pagar para se ter o maior dos épicos. Apesar de o sigficado dessa história jamais ter sido de fato explicado, Tommy é tão culturalmente influenciador como musicalmente variado. O album aproveitou os conceitos explosivos de sua óbvia inspiração, Sgt. Pepper... - lançado no ano anterior -, obra dos Beatles,e, desta forma, inspirou todo o rock progressivo de trabalhos posteriores, como The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd. Por essa razão - mesmo que o album seja, às vezes, uma viagem pelo rock -, todos agradecem.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

The Stooges - The Stooges (1969)



No final dos anos 60, Detroit, uma cidade com orgulho de sua herança musical, era sinonimo do adocicado soul lançado pelo pioneiro Berry Gordy em seu selo Motown. Tudo isso mudou em 1969, a partir do album de estreia dos Stooges, uma onda corrosiva de guitarras alucinantes e uivos primitivos do cantor Iggy Stooge (como era então conhecido). Os Stooges foram uma segunda escolha da Elektra - o diretor de artists and repertoir Danny Fields foi a Detroit para contratar o MC5 e seu garage rock, mas ficou tão impressionado com um show dos Stooges que decidiu dar a eles uma chance, tambem. Em Junho de 1969, a banda seguiu rumo a Nova York para fazer o album com John Cale (ex-Velvet Underground). O unico problema era a falta de repertorio. Apesar de sua força ao vivo, a banda tinha apenas 3 músicas prontas. O diretor da gravadora, Jac Holzman, enfiou o grupo num quarto de hotel e deu prazo de dois dias para que completassem o disco. A banda emergiu com uma série de esquisitices brilhantes que não eram exatamente nem garage rock nem canto fúnebre. Cale impôs limites a canções como "1969", que ameaça explodir, mas não entra no território da loucura, e "I Wanna Be your Dog", na qual os poderosos golpes de guitarra são contidos com rédea firme. Cale toca viola em "We Will Fall", uma peça de 10 minutos de estupor narcótico saído diretamente dos canônes do Velvet Underground para a inconfundível voz de Iggy. O album virou um mito, ao mesmo tempo que Iggy se metamorfoseava de Stooge em Pop,e,embora Fields se refira ao disco como uma esquisitice comercial, The Stooges ajudou a preparar terreno para a explosão punk que viria depois.

MC5 - Kick Out The Jams (1969)



Os Motor City Five, que chegaram a ser capa da revista Rolling Stone, viviam como fugitivos da polícia em uma comunidade Hippie, fazendo um R&B malvado e psicodélico, no espírito de drogas, sexo e armas, Kick Out The Jams mostra uma noite típica de rock revolucionário desse grupo provocador, que consistia em barulho, frenesi e cosmic jazz. Gravado em seu habitat regular, o Grande Hotel Balroom, em Detroit, Kick out the jams avança no toca-discos num abandono desajeitado: as guitarras tocam fora do tom, os vocais sem refinamento se sobrepõem, as canções se embaralham no feedback - um caos glorioso. Os golpes não são desviados. A faixa-título abre com um convite:"kick out the jams, motherfuckers!". Do grito apache de "Rocket Reducer", passando pelo blues politizado de "Motor City´s Burning", até o insano tributo ao deus sol de "Starship", o ambiente é de uma manifestação de protesto prestes a pegar fogo. Foi um disco controverso. Uma velha raposa do rock, o lendário jornalista Lester Bangs, disse que o álbum era "ridículo, arrogante e pretensioso"e, em parte, quase convenceu o guitarrista Wayne Kramer. Quando a rede de lojas de discos Hudson´s se recusou a vender este disco "obsceno", a banda publicou anúncios que diziam "Foda-se, Hudson´s!". A Elektra lançou uma versão editada do album e logo desfez o contrato com o grupo. Mas isso não foi o fim dos MC5 - embora tenha sido o início do fim. Kick out the Jams continua sendo o seu testamento definitivo, um album que cheira a spray de pimenta e no qual se pode sentir o calor das faixas pegando fogo e o fervor da revolução.

Moby Grape - Moby Grape (1967)



A arrogancia da gravadora, as intrigas do mundo do rock e pura má sorte fizeram com que a estrela do Moby Grape ascendesse e caísse em apenas um ano. Mas seu álbum de estreia arrebentou. Skip Spence, um veterano do Jefferson Airplane (sua música "My Best Friend" está em Surrealist Pilow), e o ex-agente do grupo, Matthew Katz, reuniram um novo time de músicos em torno dessa genial dissidencia. Os quatro que encontraram (os guitarristas Jerry Miller e Peter Lewis, o baterista Don Stevenson e o baixista Bob Mosley) eram bons compositores e cantores harmoniosos, e esse pacote de dar água na boca logo fez barulho em São Francisco. Seu homônimo disco de estréia (que custou U$ 11 mil) parecia feito para lançar o Moby Grape como o próximo queridinho da América. A faixa de abertura, "Hey Grandma", ferve com harmonias em ebulição e guitarras estridentes. "Fall on You", um soco no estômago de autoria de Lewis, tem um vocal insolente, fluidos solos de guitarra e bateria bem marcada. Há o doce estilo espanhol acústico de "8.05", a efusiva "Come In the Morning" e a atordoante "Omaha",de Spence - as canções são revigorantes, otimistas e cheias de alegria. Como o Moby Grape poderia fracassar???? Para começar, a Columbia lançou cinco faixas como singles simultaneamente - matando as chances de subirem nas paradas. Três integrantes da banda foram presos por posse de maconha e ligações com meninas menores de idade. E Stevenson claramente mostrava o dedo médio para a camera na foto da capa (a Columbia percebeu e o gesto obsceno foi apagado posteriormente). Mas esqueça tudo isso - é um dos melhores discos de São Francisco.

The Monks - Black Monk Time (1966)




Gravado no final de 1965, Black Monk Time é um sério concorrente ao título de "primeiro album punk", e. por mais vazia e fútil que essa distinção pareça (afinal, o punk era um movimento contracultural mal-humorado e com um modelo típico, e esses caras eram exilados geopolíticos), o grupo certamente soa mais normal hoje do que em sua época. Embora os Monks nunca tenham tocado fora da Alemanha (uma das razões de terem se separado foi a relutância em fazer uma discutível turnê de veteranos do Vietnã - o que eles queriam realmente era tocar em sua terra natal, os EUA), o grupo de cinco ex-combatentes americanos, que se apresentavam vestidos como monges, de hábito e cabeça raspada, ganhou uma boa e merecida reputação em certos círculos, baseada quase inteiramente neste album excepcional (e numa breve junção na década de 90). No disco, o orgão e um banjo elétrico feito à mão se uniram aos tradicionais instrumentos do rock, tocados com precisão e raiva. Black Monk Time às vezes é hilariante, rouco, radical e esfuziante. A faixa de abertura, "Monk Time", é uma homenagem aos mutilados de guerra; "I Hate You" não estaria deslocada no filme cult dos anos 60 O Diabo é Meu Sócio. Outras faixas, como "Boys are you Boys and Girls are Girls" e "Drunken Maria", trazem referencias de folk teutônico bastardo - mas será uma lembrança emotiva, condenatória ou sisplesmente algo que foi se desbotando nesses pobres soldados desiludidos, tão longe de casa? A inscrição na capa, afinal, diz que os "Monks não acreditam em nada"[sic].

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

The Who - Live At Leeds (1970)



O legendário poder e o volume do The Who sempre renderam mais ao vivo. A gravação em estudio tendia a amortecer sua eletricidade. A banda fez alguns singles fabulosos, mas os albuns não chegavam a ser perfeitos; mesmo Tommy perdeu um pouco com a produção pretensiosa. Live At Leeds não é apenas o melhor disco ao vivo de todos os tempos - é com certeza o melhor momento do The Who. O álbum registra a banda bem no final da turnê de Tommy, doida para se ver livre daquilo. A locação foi um show na Universidade de Leeds, na Inglaterra, em 1970. O grupo navega com força máxima por mais de 2 horas, com repertório formado por Tommy, singles clássicos e um punhado de pérolas do Rock´n´roll. Totalmente livre no palco, o trio poderoso por trás da voz de Roger Daltrey cresce de maneira assustadora - baixista John Entwistle conduz as melodias, o baterita Keith Moon manda ver e Pete Towshend mostra porque era um pioneiro do feedback, com solos concisos, mas cheios de criatividade e emoção, de um guitarrista realmente subestimado. O álbum chegou às lojas no final daquele ano embalado numa feia capa de cartolina, como se fosse um disco pirata. Foi lançado em CD numa versao ampliada (o CD duplo de 2000, em edição de luxo, merece ser comprado), mas além das faixas originais são perfeitas, em especial "Young man´s blues", de Mose Allison, ditada pelo próprio diabo, e "My Generation", um caleidoscopio de riffs. Live at Leeds é o heavy rock em seu estado mais puro.

Iron Butterfly - In-A-Gadda-Da-Vida (1968)






A segunda tentativa do Iron Butterfly foi o primeiro álbum a ganhar o disco de platina, por vender mais de um milhão de cópias. Embora as músicas psicodélicas do lado A sejam boas o bastante, o sucesso do LP se deve totalmente à faixa-título, um épico sem precedentes que ocupa todo o lado B. Formado em San Diego em 1966, o Iron Butterfly misturava hard rock com texturas elaboradas, mais próximas do acid. Eles gravaram o album de estréia como um quinteto, mas, quando o disco - intitulado, muito apropriadamente, Heavy - foi lançado, três integrantes já haviam saído. O cantor e tecladista Doug Ingle e o baterista Ron Bushy decidiram continuar e recrutaram o guitarrista Erik Brann, ainda adolescente, o baixista Lee Dorman. Certa vez, tarde da noite, Bushy voltou para a casa do trabalho - era chef de uma pizzaria - e descobriu que Ingle, filho de um organista da igreja, havia mamado uma garrafa de vinho e composto uma música nova. Bêbado demais para falar, Ingle balbuciou o título que Bushy anotou na forma como ouvira. Então, o que era "In the Garden of Eden" ficou conhecido como "In-a-gadda-da-vida". A música, concebida originalmente como uma balada, foi sendo mudada pela banda nas turnês, e acabou gravada como um leviatã lisérgico, composto por zumbidos de guitarra, um órgão místico e solos exploratórios de bateria. "In-a-gadda-da-vida" foi um enorme sucesso, bem adequado ao formato da nascente radio FM; uma versão editada em single, enfatizando o riff protometal da música e seus vocais enigmáticos, chegou a ocupar a lista das 30 mais, enquanto a versão completa dava tempo de o DJ ir ao banheiro. A canção foi regravada pelo titã do thrash, Slayer, sampleada pela estrela do hip-hop Nas e executada como um hino num episódio clássico de Os Simpsons, quando Bart vende a a alma para Milhouse.

Soft Machine - Third (1970)



Gravado em quatro dias, Third mostra a mais importante banda britânica em seu auge e ao mesmo tempo, numa barafunda completa. O rock progressivo estava prestes a se tornar algo muito sério e o resto do grupo estava cansado do jeito de cantar de Robert Wyatt - e ele não aguentava mais o desejo intransigente da banda de se tornar sóbria e jazzistica. "Moon in June" foi a última música composta por Wyatt para o Soft Machine e é talvez sua obra-prima, embora o resto do grupo não gostasse da canção(Wyatt aparece nos créditos da capa como "baixista e organista", apesar de esses instrumentos serem normalmente tocados por Hugh Hopper e Mike Ratledge). Esta peça mistura velhos temas dos Softs com novas passagens iduzidas por uma bem-humorada autocrítica de Wyatt. Uma gravação dessa suíte feita para o programa de rádio da BBC Peel Sessions é ainda mais irreverente e chega a ironizar Ratledge. Dentre as outras faixas, "Facelift", de Hopper - tocada pela formação de oito integrantes, que não durou muito - é provavelmente a mais desafiadora e intrigante. "Slightly All the time", de Ratledge, aparece no LP original como se incluisse um trecho de 40 segundos de "Noisete", de Hopper. Quem quiser, que tente descobrir esse pedaço... Na parte interna, a capa traz uma excelente foto feita por Jurgen D. Ensthaler, dos principais integrantes do grupo num quarto de hotel, todos com um ar de profundo tédio por conta de falta de álcool. É possível até sentir o cheiro de salsichas fritas e das cinzas de cigarro no carpete - e do antagonismo entre eles.

The Rolling Stones - Let It Bleed (1969)


"Este é um disco que eu salvaria de um incêndio", declarou, entusiasmada, Sheryl Crow. Era mais fácil comprar um outro exemplar numa loja de discos usados, mas o sentimento é o que importa. Alguns albuns dos Stones são importantes-e-interessantes-mas-nem-tão-bons-assim, e outros são cheios de musicas maravilhosas que agradam a qualquer um que tenha orelhas - e Let It Bleed é um dos melhores. De fato, este é o recheio de um sanduíche triplo. Beggar´s Banquet, Let It Bleed e Stick Fingers eram a cereja do bolo de gravações feitas entre 1968 e 1970 - e o plano original era lançar Stick Fingers e um outro LP em seguida, 1969. Complicações contratuais impediram que isso acontecesse. Let It Bleed acabou se tornando um fecho visceral da década, com seu tom apocalíptico determinado por "Gimme Shelter" (o documentário sobre os Stones, com o mesmo título, mostra um fã sendo esfaqueado, em 1968, durante uma apresentação no Altamont Speedway). O contraste com os velhos rivais, os Beatles, não podia ser agudo:Let It Be é composto por blues chatíssimos e cordas melosas; Let It Bleed comtém (como se queixou um crítico)"sexo sujo, sadomasoquismo, drogas pesadas, violência gratuita".Esses ingredientes tornam irresistível mesmo o que não é rock, como "Country Hook", "Let It Bleed" e "Love In Vain". Mas também há hard rock. É difícil acreditar que a arrasadora "Midnight Rambler" e a tensa "Monkey Man" tenham sido compostas durante umas férias tranquilas na Itália. E o disco ainda traz "You Can´t Always Get What You Want", que começa como um hino e termina aos gritos. Mick Jagger - que, em geral, fala mal de seu próprio trabalho - admite que Let It Bleed é "um bom disco, um de meus preferidos".O bom e velho Mick disse tudo.
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