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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Television - Marquee Moon (1977)


Dentre as principais bandas do mundo punk criado no clube
nova-iorquino CBGB's, o Television foi a que teve menos sucesso
comercial. No entanto, seu melhor momento, o album Marquee Moon, foi
tão bom, ou melhor, quanto aos trabalhos seminais de alguns de seus
contemporâneos, como Horses, de Patti Smith (os dois traziam uma
fotografia de Mapplethorpe na capa) e o disco de estréia dos Talking
Heads. Depois de bater na porta de varias gravadoras, o Television
assinou contrato com a Elektra em 1976. A banda estava sem seu baixista
original, Richard Hell, que havia deixado o grupo para formar os
Heartbreakers, com Johnny Thunders. O baixista Fred Smith era um
substituto à altura, mas sua maior contribuição foi apresentar Tom
Verlaine a Andy Johns (irmão de Glyn Johns), que tinha experiência
suficiente para não arremedar o indefinido som jazz-punk desenvolvido
no CBGB's. O resultado foi um inigualável disco a base de guitarras. Dando
as costas para o som bluseiro qeu dominava a guitarra desde o rock dos
anos 60, o Television criou um trabalho que, a seu jeito, é tão radical
quanto o melhor do Led Zeppelin. O album começa com a agitada "See no
Evil", na qual Verlaine e Richard levam suas guitarras ardentes a uma
celebração crescente da poluição urbana e da cultura das ruas. A
faixa-titulo, de 11 minutos, pode levar alguem a comparar o grupo com
as bandas hippies, mas não há flower power - só power - em "Prove it" e
"Guiding Ligth". Marquee Moon teve uma recepção indiferente por parte do
publico, mas foi aclamado pelos criticos, incluindo Nick Kent, na NME,
que, entusiasmado, escreveu que "as canções estão entre as melhores de
todos os tempos".

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