Enquanto os EUA empurravam o Vietnã do Norte para a mesa de negociações em Paris, o Deep Purple soltava uma carga de canhão na forma de um album duplo ao vivo. Depois de uma turnê pela America durante o verão, eles foram ao Japão, onde o selo regional pressionou o grupo a fazer uma gravação ao vivo para saciar os fãs locais, que cantaram cada palavra das letras nsa tres noites de shows, em Osaka e Toquio, no mes de agosto. A banda insistiu em que o engenheiro Martin Birch coordenasse a gravação. Ian Gillan, que vinha sofrendo com uma inflmação na garganta, estava com vergonha de seus vocais, mas sua avaliação foi mais crítica do que a voz. A gravação foi lançada sem overdubs e demonstrou a majestade nua e crua do Deep Purple no auge de seu poder. O album foi lançado na Inglaterra apenas para inibir o mercado pirata. Mas vendeu tão bem nos EUA que acabou ganhando uma edição local, na primavera de 1973, e chegou ao sexto lugar nas paradas, se tornando o disco do Purple mais vendido no país. Made in Japan, a essa altura, ja era considerado um classico. Cada faixa traz uma versão sólida e melodramática da gravação em estúdio. Highway Star abre o disco com furiosos teclados, guitarra e percurssão, que se fundem numa tempestade sonora coroada pelos gritos primais de Ian Gillan. Seu vocal dolorido em Child in Time oferece uma pausa antes do balanço de Smoke on the Water e Strange Kind of Woman. O guitarrista Richie Blackmore e o tecladista Jon Lord saem de si nos solos de Lazy e The Mule é uma vitrine para o virtuosismo de Ian Paice. A gigantesca Space Truckin - 20 minutos de caos estratosférico - se enquadra no que a Rolling Stone descreveu como "delícia garantida (...) o monstro do metal definitivo do Purple". Imperdível!!!
Território da Música: Artigos (Rock)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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