"Rock´n´roll...é 10% técnica e 90% atitude. Uma nota com atitude certa é mais eficiente do que 60 notas sem atitude". - Dickie Peterson, 2005
Foi ai que as coisas ficaram heavy de verdade. Inspirado no nome de um tipo de LSD que, por sua vez, havia sido batizado com a marca de um sabao em pó, esse trio de São Francisco aumentou as apostas no noise rock com seu album de estreia, pavimentando o caminho para os Stooges e o Zeppelin, do heavy metal ao rock experimental. Está certo que ja existia, nos anos 60, batida primal de inumeráveis bandas de garagem, mas nenhuma tinha estabelecido um padrão de som de abalar as estruturas, nem a intensidade de feedback do Blue Cheer. Daí o epíteto atribuído ao grupo:"mais alto do que Deus". Da primeira vez que o Blue Cheer tentou gravar Vincebus Eruptum, estourou a mesa de mixagem. Com as devidas precauções, a banda conseguiu fazer o melhor LP, disparado, de sua carreira, composto por quatro musicas originais e duas versões: uma leitura virulenta, ameaçadora e suja de "Summertime Blues", de Eddie Cochran (superior até a a versão poderosa do The Who), e o classico do blues "Rock me Baby". A primeira ficou entre os 20 maiores sucessos da parada americana, algo surpreendente, talvez, para uma banda mais interessada em atingir limites do volume e nada preocupada com a musicalidade. Eles não eram exatamente bons musicos, mas há alguma coisa de admiravel e hipnotico nos gritos extemporâneos e no barulho mas controlado, e nos berros de Dickie Peterson enquanto a banda literalmente chacoalha em "Parchment Farm". Da capa em roxo e prata ao espirito "cada vez mais alto", este disco é um importante marco dos primeiros tempos do Heavy Metal.
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