"Quando gravei o disco, achei que fosse morrer". - Arthur Lee, 2001
Em 1967, o Love era a banda mais festejada de Los Angeles, depois dos Byrds. A fase hits dos Byrds, porem, estava chegando ao fim, mas o Love não estava suficientemente preparado pra tomar seu lugar:era um grupo etinicamente misturado, com dois líderes negros que faziam uma musica de pouco apelo para o publico negro; as canções se alongavam por lados inteiros dos LP´s; e a dependencia de drogas da banda tinha aumentado vertiginosamente. No verão de 1967, o The Doors e Jimi Hendrix monopolizavam todas as glorias. Então, o Love voltou ao basico, planejando um album com o foco nas musicas. Quando Bruce Botnick chegou para produzir o disco, encontrou a banda em um estado tão lastimavel que, imediatamente, contratou musicos de estudio. Duas faixas, "The Daily Planet" e "Andmoreagain", foram gravadas num unico dia, e a banda ganhou uma folga para trabalhar em conjunto novamente ensair um punhado de musicas. Dali por diante, cada dia no estudio significava se dedicar a algumas canções e, depois, o grupo poderia sumir dali para aprender as proximas. A gravação do disco levou quatro meses, mas os resultados foram ineditos. Acid rock não era pra ser tocado com violão e orquestra sinfonica - ou era? Muito inovador para o gosto da Costa Oeste, o LP não conseguiu sequer alcançar o desempenho modesto dos discos anteriores da banda nas paradas dos EUA; na Inglaterra, porem, o album lembrava o jeito brincalhao e interiorando dos Beatles, Small Faces e Donovan (embora ouvido mais atento pudesse identificar o turbilhão dentro da banda e da própria Los Angeles no verão do Amor), e entrou para os Top 30. A essa altura, no entanto, a banda estava desmoronando e nunca recuperou sua força.
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