Cidade Web Rock - Promoção

Território da Música: Artigos (Rock)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

The Velvet Underground - White Light/White Heat (1967)


Lá pelo final de 1967, o patrono do The Velvet Underground, o célebre Andy Warhol, havia perdido o interesse pelo grupo, o que levou o cantor e letrista Lou Reed a entrar em contato com Steve Sesnick, de Boston. O novo empresário pressionou Reed a imprimir à banda um caráter mais comercial - para o desagrado do baixista e organista John Cale. O lado A de seu segundo LP é notável pela temática perversa, incluindo a melodicamente distorcida faixa-título, que defende o uso de anfetaminas. "The Gift" conta a história tragicomica de Waldo Jeffers, que tem tanto medo de ser traído por sua namorada da faculdade que se envia a ela pelo correio. Cale faz a narração, seu agradável sotaque galês sendo transmitido por um canal, enquanto no outro entra um R&B a meio tempo,entrelaçado com arremedos de guitarra elétrica. "Lady Godiva's Operation" faz uma desconfortável leitura médica da lenda medieval, com os vocais se destacando da mistura psico-noir, num efeito artístico. O lado B puro furor. Em "I Heard Her Call my Name", Cale, o guitarrista Sterlingo Morrison e o baterista Mo Tucker martelam uma veloz base ritimica, enquanto o líder Reed solta a voz em rajadas no estilo free jazz. "Sister Ray" é o despertardor do noise-rock: 17 minutos de sexo, drogas e armas conduzidos por ondas gigantescas de feedback, notas dissonantes e golpes de garage. White Ligth/White Heat foi lançado com ainda menos cópias do que o album de estréia, chegando ao 199º lugar na parada da Bilboard. No entanto, em termos de alta amperagem e liberdade em estado bruto, nada se compara a este disco.

Nenhum comentário:

Google