Um marco do hard rock, o quinto album do Deep Purple apareceu quando uma outra guerra no Oriente Medio havia estourado em meados de 1970. Era o clima apropriado para soltar o que a revista Rolling Stone havia resumido como "uma obra dinamica e frenetica, parecida com o som do MC5" - embora o disco seja muito mais que isso. O album com sua capa parodiando as esculturas de pedra do Monte Rusmore, foi gravado em Londres pela formaçãoque se tornaria classica em Mark II: o guitarrista Richie Blackmore, o tecladista Jon Lord e o baterista Ian Paice, com os garotos Ian Gillan nos vocais e Roger Glover no baixo. O resultado foi um som que deixou os medidores da mesa de gravação (manipulada pelo futuro produtor do Iron Maiden, Martin Birch) permanentemente no vermelho. O material tinha tendências progressivas, em especial "Flight of the rat", na qual a bateria de Paice soa como tambores indigenas e os redemoinhos do Hammond tocado por Lord complementam os riffs de Blackmore. Mas In Rock é reverenciado por sua força devastadora, como em "Speed King" - uma música demolidora de Glover, no estilo de Hendrix, na qual Gillan ri e grita de forma perversa -, na estridente "Hard Lovin Man" e em "Into to the Fire", que inclui riffs ferozes à la Sabbath. "Child in Time", segundo o Purple, é "a história de um fracassado. Podia ser você." Essa dolorosa grandiloquencia e os orgásticos gemidos agudos da canção resumem plenamente a banda e sua época. O Deep Purple esperou Lord terminar seu lamentável Concerto for Group and Orchestra para gravar o album, em tres estudios londrinos, entre outubro de 1970 e abril do ano seguinte. Valeu a espera.
Território da Música: Artigos (Rock)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
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Um comentário:
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