Apesar de a tecnologia de estudio ter dado saltos qualitativos no final dos anos 60, alguns grupos, como o Grateful Dead, pareciam se divertir com jeito indisciplinado de gravar. Mas Workingman´s Dead de 1970 - uma obra madura em termos de musica com referencias as suas raízes no country pop e jazz - surpreendeu os fãs. O album seguinte American Beauty, porem, superou todos os outros e se tornou o trabalho definitivo do grupo. É uma alegria ouvir este album: rico no acompanhamento acústico (que inclui pedal steel guitar e bandolim), traz backing vocals redondos e tem a presença sutil de instrumentos elétricos. American Beauty consolidou o grupo como algo mais do que uma banda house, por conta de seu carismático líder, Jerry Garcia. Pela primeira vez o Dead parecia uma unidade coesa, com um time de cantores e compositores talentosos, como Phil Lesh e Bob weir. A primeira canção "Box of Rain" escrita por Lesh, é o exemplo perfeito do recém-descoberto entusiasmo do grupo pela gravação em estúdio; na alegre "Sugar Magnolia", Weir conduz um dos melhores momentos do disco. Garcia, no entanto continua a ser a ancora incontestável da banda, contribuindo, em especial, com uma trilogia de peso para o repertório - "Candyman", "Ripple" e "Friend of the Devil" -, alem de tocar de forma expressiva a pedal steel. A faixa de encerramento, "Truckin", também perduraria como um hino para gerações de amantes do Dead. Tocado com maestria e trazendo harmonias vocais extraordinárias, este álbum complexo influenciou sucessivas gerações de musicos, da Costa Oeste à recente onda de Liverpool, como o The Coral e os Zutons.
Território da Música: Artigos (Rock)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
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