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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

AC/DC - Back in Black (1980)


Uma capa que pode ser descrita apenas como preta? Ok. Um vocalista principal morto afogado no proprio vomito? Sim. Perspectivas pré-históricas sobre sexualidade nos títulos das músicas? É isso ai. É perfeitamente possível confundir AC/DC com o Spinal Tap, já que os dois grupos preenchem tudo o que é necessário para ser uma paródia de banda heavy metal. Mas os astralianos escaparam dessa caricatura ao produzirem um rock básico, divertido e poderoso. Quando Bon Scott morreu, em fevereiro de 1980, o AC/DC já tinha conquistado a Europa, mas os EUA eram territorio distante. O grupo era extremamente ambicioso e recrutou o vocalista Brian Johnson, seguindo uma recomendação do produtor Robert Lange. A única insinuação real de Tappery está logo no ínicio de Hells Bells, quando as badaladas de um sino sinistro nos fazem temer que a banda esteja a ponto de embarcar em seu proprio Stonehenge. Logo em seguida, contudo, as guitarras dos irmãos Young entram e a pauleira rola solta. "Back in Black" e "Have a Drink on Me" são em homenagem a Scott, mas quase nãos sentimos sua falta no restante do disco, já que os poderosos gritos de Johnson se encaixam perfeitamente na mixagem. A libertinagem rude de "Let Me Put My Love..." - "deixe que eu corte seu bolo com minha faca" - reafirma que a morte de Scott não mudou em nada a cabeça dos rapazes. A última faixa, "Rock and Roll ain´t noise pollution", é uma alfinetada nos críticos mais intelectualizados. O AC/DC finalmente fez sucesso nos EUA com Back in Black, atingindo a soma de 1 milhão de discos vendidos por ano nos cinco anos seguintes. Eles, bem como todos aqueles que curtiram seu rock, nunca olharam para trás.

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