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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Moby Grape - Moby Grape (1967)



A arrogancia da gravadora, as intrigas do mundo do rock e pura má sorte fizeram com que a estrela do Moby Grape ascendesse e caísse em apenas um ano. Mas seu álbum de estreia arrebentou. Skip Spence, um veterano do Jefferson Airplane (sua música "My Best Friend" está em Surrealist Pilow), e o ex-agente do grupo, Matthew Katz, reuniram um novo time de músicos em torno dessa genial dissidencia. Os quatro que encontraram (os guitarristas Jerry Miller e Peter Lewis, o baterista Don Stevenson e o baixista Bob Mosley) eram bons compositores e cantores harmoniosos, e esse pacote de dar água na boca logo fez barulho em São Francisco. Seu homônimo disco de estréia (que custou U$ 11 mil) parecia feito para lançar o Moby Grape como o próximo queridinho da América. A faixa de abertura, "Hey Grandma", ferve com harmonias em ebulição e guitarras estridentes. "Fall on You", um soco no estômago de autoria de Lewis, tem um vocal insolente, fluidos solos de guitarra e bateria bem marcada. Há o doce estilo espanhol acústico de "8.05", a efusiva "Come In the Morning" e a atordoante "Omaha",de Spence - as canções são revigorantes, otimistas e cheias de alegria. Como o Moby Grape poderia fracassar???? Para começar, a Columbia lançou cinco faixas como singles simultaneamente - matando as chances de subirem nas paradas. Três integrantes da banda foram presos por posse de maconha e ligações com meninas menores de idade. E Stevenson claramente mostrava o dedo médio para a camera na foto da capa (a Columbia percebeu e o gesto obsceno foi apagado posteriormente). Mas esqueça tudo isso - é um dos melhores discos de São Francisco.

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