Constantemente rotulado como uma ópera rock e quase sempre descrito como uma mostra do conceitualismo narcisista de colegiais, o expansivo e ingênuo Tommy conta com todos os atributos de um clássico, mas também com todos os defeitos de um Frankestein. Na aparência, trata-se da historia de um garoto surdo, retardado e cego, nascido numa família desequilibrada (ele é aterrorizado pelo primo e pelo tio), que se revela no fliperama e na música e se torna um ícone messiânico no melhor estilo do final dos anos 60. Mas o album é mais precisamente uma viagem pela infancia real e imaginária de Pete Towshend. Musicalmente o disco é um cruzamento entre hinos do tipo mod e o rock agil no estilo unico do The Who, e contém os melhores momentos da carreira do grupo, como "Pinball Wizard", "I´m Free", "We´re not gonna take it". Composições conceituais ambiciosas como "1921", "Underture" e "Smash the Mirror" são mais sólidas do que essenciais - esses 15 minutos poderiam ser cortados do album e ninguem se queixaria -, mas a maior parte do publico aceitou a idéia de que este era o preço a pagar para se ter o maior dos épicos. Apesar de o sigficado dessa história jamais ter sido de fato explicado, Tommy é tão culturalmente influenciador como musicalmente variado. O album aproveitou os conceitos explosivos de sua óbvia inspiração, Sgt. Pepper... - lançado no ano anterior -, obra dos Beatles,e, desta forma, inspirou todo o rock progressivo de trabalhos posteriores, como The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd. Por essa razão - mesmo que o album seja, às vezes, uma viagem pelo rock -, todos agradecem.
Território da Música: Artigos (Rock)
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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