O legendário poder e o volume do The Who sempre renderam mais ao vivo. A gravação em estudio tendia a amortecer sua eletricidade. A banda fez alguns singles fabulosos, mas os albuns não chegavam a ser perfeitos; mesmo Tommy perdeu um pouco com a produção pretensiosa. Live At Leeds não é apenas o melhor disco ao vivo de todos os tempos - é com certeza o melhor momento do The Who. O álbum registra a banda bem no final da turnê de Tommy, doida para se ver livre daquilo. A locação foi um show na Universidade de Leeds, na Inglaterra, em 1970. O grupo navega com força máxima por mais de 2 horas, com repertório formado por Tommy, singles clássicos e um punhado de pérolas do Rock´n´roll. Totalmente livre no palco, o trio poderoso por trás da voz de Roger Daltrey cresce de maneira assustadora - baixista John Entwistle conduz as melodias, o baterita Keith Moon manda ver e Pete Towshend mostra porque era um pioneiro do feedback, com solos concisos, mas cheios de criatividade e emoção, de um guitarrista realmente subestimado. O álbum chegou às lojas no final daquele ano embalado numa feia capa de cartolina, como se fosse um disco pirata. Foi lançado em CD numa versao ampliada (o CD duplo de 2000, em edição de luxo, merece ser comprado), mas além das faixas originais são perfeitas, em especial "Young man´s blues", de Mose Allison, ditada pelo próprio diabo, e "My Generation", um caleidoscopio de riffs. Live at Leeds é o heavy rock em seu estado mais puro.
Território da Música: Artigos (Rock)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
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