Solos de guitarra flamenca e copias de Beethoven nao sao elementos obvios para o sucesso, especialmente para uma banda de rock´n roll de revista em quadrinhos, famosa por "Rock and Roll all Nite".Ainda assim, Destroyer é o album simbolo do Kiss. Alive! (1975) marcou o fim da fase primal do grupo, deixando o Kiss livre para novas experiencias. Foi entao que chegou o produtor Bob Ezrin, que havia afiado suas armas com Lou Reed e Alice Cooper. Ele tinha uma visao de que a banda era "uma caricatura de tudo que mobiliza a juventude" e pressionou o grupo a ir alem da simples provocação de seus trabalhos anteriores. Os resultados incluiram hinos duradouros, em especial "Detroit Rock City" (na qual há o solo flamenco supracitado) e "God of Thunder" (uma musica de Paul Stanley que se tornou marca registrada de Gene Simons). Havia tambem esquisitices, como a balada "Beth", um hit, e "Great Expectations", que traz a incursao de Ezrin à "Pathétique", de Beethoven. ("Eu rio cada vez que ouço essa faixa", confessou ele ao biografo do Kiss, Ken Sharp.) Ezrin encarregou o produtor Kim Fowley, de Los Angeles, de ajudar com a pomposa "King of the Night Time World" e com "Do you love me?". Numa tentativa de aumentar o tempo de duração da gravação, ele acrescentou colagens de sons no inicio e no fim -- uma faixa final lúgubre, de 86 segundos, mistura pedaçoes anteriores de Destroyer e um fragmento de Alive!. Este pacote vinha embalado pela pintura expressiva de Ken Kelly, primo do artista Frank Frazetta. Joe Elliot, do Def Leppard, afirmou: "Comprei o disco so pela capa". Os fãs debatem ate hoje, os méritos de Destroyer, uma discussão alimentada pela revelação de que Ezrin dispensou o guitarrista Ace Frehley de duas faixas. Mas a banda passou o resto de sua carreira tentando igualar a qualidade deste album.
Território da Música: Artigos (Rock)
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
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